terça-feira, 24 de abril de 2012

ECONOMIA VERDE


Quercus diz que economia verde “tem de ser” saída para a crise

A economia verde “tem de ser” uma saída para a crise, tal como a aposta em “empregos verdes”, defendeu nesta quarta-feira Paulo Magalhães, coordenador do projecto Condomínio da Terra, que em Maio organiza um congresso internacional sobre o EcoSaldo.

A economia verde “inevitavelmente tem de ser [uma saída para a crise] porque os prejuízos da não manutenção dos ecossistemas são de tal forma brutais que mesmo que estivéssemos numa situação sem crise, nós não conseguiríamos suportar”, afirmou o também membro da Quercus, no final da cerimónia de apresentação da campanha “O que nos une a todos - Rio+20”. 

Com a economia verde, surgirão “novas possibilidades de empregos verdes”, como “recuperar ecossistemas”, que “tem de ser uma actividade do futuro, muito mais que fazer auto-estradas”, salientou Paulo Magalhães.
 

A conferência Rio+20, que irá ocorrer no Brasil entre 13 e 22 de Junho, pretende marcar o 20.º aniversário da Cimeira da Terra, que aconteceu no Rio de Janeiro em 1992.
 

A par desta conferência, o Condomínio da Terra preparou duas iniciativas em Gaia, antes e depois do Rio+20, para debater o EcoSaldo e a “Governança de um património para a humanidade”.
 

“O EcoSaldo é um projecto dentro do Condomínio da Terra, da Quercus, que visa medir os contributos negativos da poluição e do uso dos ecossistemas, mas também os positivos”, explicou Paulo Magalhães à agência Lusa.
 

Com a realização, a 17 e 18 de Maio, do Congresso EcoSaldo sobre a “Contabilidade da Economia Verde” pretende-se “contribuir e inspirar o caminho do Rio+20”, referiu.
 

Para o mesmo responsável, as contas do Ecosaldo são “absolutamente necessárias”, quer nos concelhos como nos próprios Estados, para “existir alguma justiça ambiental entre aqueles que têm um potencial verde e estão a contribuir de alguma forma com serviços ambientais que estão a ser consumidos noutros sítios”.
 

A finalidade é incluir nas contas dos Estados “não só o negativo, como o indicado pelo Protocolo de Quioto, mas também o positivo”, o que irá levar a uma inversão da “lógica da economia”.
 

De 17 a 19 de Outubro está previsto um novo congresso internacional em Gaia, sobre o tema “A Governança de um Património para a Humanidade”, com a finalidade de analisar os resultados do Rio+20 e renovar o debate sobre a endémica impossibilidade política de uma acção colectiva global
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In: Lusa

19-04-2012

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