A propósito do dia da Terra (22-04-2012), encontrei um artigo da Quercus
que enumerava os 7 pecados ambientais de Portugal :
1. O Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável caiu no esquecimento
2. A remodelação ao financiamento das autarquias não é o correcto
3. Portugal consume cada vez mais energia
4. Excesso de tráfico em circulação
5. Portugal desperdiça por ano 3 100 000 000 000 litros de água
6. A Conservação da Natureza ainda não passou à parte prática
7. Reciclagem ainda longe dos hábitos portugueses
Fonte:
A leitura deste artigo, especialmente nas partes
relativas ao Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável e ao uso eficiente
da água , relembrou-me algumas das reflexões feitas pelos oradores da
conferência de dia 29 de Março sobre o Direito da Água.
Saliento a reflexão do Exmo. Prof. Jorge Miranda , que ainda no inicio da conferência lançou a questão de que talvez , mais grave que
a crise económica com que nos debatemos há já alguns anos, seria a crise da água
e a seca .
É já afirmado por muitos, que a escassez da água será no futuro o motivo de eclosão de grandes guerras
a nível mundial, sendo um facto que, não
raras vezes, as grandes potências e líderes mundiais se focam maioritariamente em
questões económicas, deixando para segundo plano as questões ambientais e as
consequências nefastas para o ambiente de determinadas decisões políticas.
No limite, todos sabemos, que por mais riqueza que
exista, por mais poder político que determinadas potências revelem, se não se
executarem políticas ambientais sustentáveis, se não estiverem assegurados os
bens essenciais para a subsistência humana, como a água em quantidade e
qualidade acessível para todos, a nossa sobrevivência neste planeta estará
ameaçada.
Vivemos num mundo que é finito em recursos naturais,
sendo grandes desafios da actualidade a manuntenção de um desenvolvimento e
consumo sustentáveis para que o próprio planeta continue sustentável.
Assim , entendo que o desenvolvimento de políticas
ambientais sustentáveis e a sua efectiva concretização devem ser objectivos prioritários, que caminhem lado a lado com os objectivos económicos e financeiros, não
apenas no dia da Terra ou da Água, mas sempre, pois é verdadeiramente
determinante a sua implementação para a
preservação da Terra e sobrevivência de todos os seres vivos que nela habitam.
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