Rock
in Rio – Um festival Sustentável
Contanto
com mais de 20 anos de história, e com 10 edições, o Rock in Rio assume-se como
o maior evento de música e entretenimento do Mundo. Ao longo desses anos muitas
vontades e ambições mudaram, e desde 2006 que assumiu uma postura de
preocupação ambiental, pretendendo criar um evento sustentável e desse modo
existisse uma compensação ambiental pelos danos causados. Para além de assumir
essa atitude, houve um igual investimento em formação e em motivação, de que
serão exemplos o “PRÉMIO ROCK IN RIO ATITUDE SUSTENTAVEL” e a parceria estabelecida com
o Green
Project Awards (GPA).
Para além de todas as preocupações
com as emissões, quer de gazes quer de ruido, parece que também terá uma grande
importância a questão dos resíduos (quer com a redução, quer com o tratamento).
Com este tópico, não pretendo
avaliar as grandes vantagens desta preocupação e deste investimento pois essas
parecem-me obvias, o que eu verdadeiramente pretendo com este tópico é, por um
lado, dar a conhecer aos colegas o projecto de sustentabilidade deste evento e
por outro lado, reiterar o meu apoio a estas medidas ambientais, que para além
de um grande impacto ao nível do marketing, também terão uma grande relevância naquilo
que hoje é mais difícil, a “consciência ecológica”
“PLANO DE
SUSTENTABILIDADE
Com o mote Por um Mundo Melhor (desde
2001), o Rock in Rio voluntariamente sempre procurou o pioneirismo no seu
modelo de negócios, visando uma actuação ambiental e socialmente responsável.
Aliado ao facto de ser um evento internacional, com edições em 3 países, dois
dos quais países europeus, ao longo do caminho a organização decidiu
voluntariamente aplicar boas práticas ambientais e sociais definidas pela
regulamentação europeia.
COMPENSAÇÃO: CARBONO ZERO
Em 2006, o Rock in Rio assumiu o
compromisso de não ser apenas o maior festival do mundo, mas ser também o
mais ambientalmente responsável. Como? Compensando as emissões de gases
de efeito estufa geradas pelo festival, alcançando o índice de Carbono Zero.
Este compromisso mantém-se até hoje, em todas as edições do evento nos três
países em que ocorre.
O índice Carbono Zero é alcançado quando
a quantidade de dióxido de Carbono (CO2) emitida é igual à quantidade absorvida
pela natureza através das plantas, que usam CO2 para realizar a fotossíntese.
Na conta do Rock in Rio, auditada pela
consultora Deloitte, entram desde emissões geradas pela deslocação de bandas,
público e mercadorias e a energia gasta na produção até o consumo e a geração
de resíduos durante o festival.
Desde 2006, mais de 40 mil árvores
foram plantadas para compensar as emissões geradas pelo Rock in Rio. Além
disso, o Rock in Rio já participou em projectos de melhoria de condições
ambientais de indústrias no Brasil. Numa acção de sensibilização o Rock in Rio
desde 2010 que entrega certificados Carbono Zero aos artistas.
REDUÇÃO DE EMISSÕES
Mas se compensar é importante, reduzir
as emissões é fundamental. Por isso, em 2008 o Rock in Rio passou a adoptar o Manual
de Boas Práticas, uma guia com 18 medidas a serem adoptadas por todos os
envolvidos na realização do festival para reduzir o impacto ambiental do
Rock in Rio e ter de compensar apenas as emissões inevitáveis.
Com isso, o festival conseguiu reduzir em mais de 21% a quantidade de dióxido de carbono emitido na realização do Rock in Rio-Lisboa 2010 em relação à edição de 2008: foram 3.845 toneladas de CO2 em 2010, frente a 4.686 toneladas dois anos antes. Nas próximas edições, o objectivo é reduzir ainda mais.
Com isso, o festival conseguiu reduzir em mais de 21% a quantidade de dióxido de carbono emitido na realização do Rock in Rio-Lisboa 2010 em relação à edição de 2008: foram 3.845 toneladas de CO2 em 2010, frente a 4.686 toneladas dois anos antes. Nas próximas edições, o objectivo é reduzir ainda mais.
Uma das medidas que mais contribui para
a redução da emissão de CO2 é o uso de transporte colectivo pelo público
para ir ao evento e voltar para casa: calcula-se que mais de metade das
emissões ocorram nesta deslocação. Por isso, o Rock in Rio lançou a campanha
"EU VOU de transportes públicos" e elaborou um esquema especial de
transporte para encorajar o público a deixar o carro em casa na sua ida e volta
ao festival, a cada edição do mesmo.
Desde 2008 o Rock in Rio é também um
evento 100R, um selo da Sociedade Ponto Verde que certifica o correto encaminhamento
para reciclagem dos resíduos produzidos pelo evento em todas as suas fases,
montagem, evento e desmontagem. Em relação aos resíduos na fase de desmontagem,
numa óptica de optimização dos materiais, no final do evento é feita uma
análise do que pode ser reaproveitado para outras edições, de seguida
permite-se a outros eventos e instituições que venham recolher o que a
organização não conseguiu reutilizar e só depois estes resíduos são reencaminhados
para reciclagem.
ENVOLVIMENTO DOS PARCEIROS
O Rock in Rio procura também envolver
todos seus stakeholders, a quem chama de parceiros, na adopção de iniciativas
sustentáveis. Para isso, desde 2008 o evento promove um concurso de boas
práticas, que destaca as organizações, fornecedores, lojas e stands
presentes na Cidade do Rock, que mais contribuem para o ambiente e para a
pretendida redução na emissão de gases com efeito de estufa derivados do
evento.
Em todas as edições lança acções de sensibilização de cariz social e ambiental para o público do evento e para toda a comunidade nacional nos países onde ocorre, sendo toda a verba arrecadada aplicada ao nível nacional.
Em todas as edições lança acções de sensibilização de cariz social e ambiental para o público do evento e para toda a comunidade nacional nos países onde ocorre, sendo toda a verba arrecadada aplicada ao nível nacional.
Em Lisboa, envolve os moradores nas suas
acções e promove a empregabilidade através duma bolsa de emprego para os locais
que se inscrevem directamente na Cidade do Rock para diversas funções a
desempenhar durante o período de montagem, evento e desmontagem, a organização
entende que os mesmos devem ser envolvidos na festa do Rock in Rio e doa aos
moradores cerca de 2.000 bilhetes para assistirem ao evento. Para além
dos locais o Rock in Rio cria durante os dias de evento cerca de 3.000 empregos
directos em cada edição.
Não esquecendo a sua equipa, todos os
anos se realizam acções de cariz social e/ou ambiental, sendo as últimas a
participação no Limpar Portugal em 2010 e doação de 10 toneladas de alimentos
às vítimas das cheias no Rio de Janeiro. Para além dum concurso interno
para apuramento do colaborador com atitude mais sustentável no seu dia-a-dia,
com o intuito de divulgar as boas práticas. A equipa tem ainda condições de
conciliação da sua vida familiar com profissional através da possibilidade de
trabalho a partir de casa sempre que necessário e possível, assim como de
flexibilidade de horários.
COMPROMISSOS PARA 2012
COMPROMISSOS PARA 2012
Para 2012 a organização definiu 3 objectivos
principais, para além dos compromissos assumidos, que são de aumentar a taxa
de reutilização e de reciclagem dos resíduos produzidos; de trabalhar em maior
proximidade com os nossos parceiros na adopção de melhores práticas e de
diminuir a pegada carbónica da deslocação do público através da criação dum
projecto de mobilidade integrado.
Com estas acções, o Rock in Rio quer
reafirmar o seu compromisso com a sustentabilidade e convidá-lo a si, fã do
evento, a repensar as suas atitudes do quotidiano para torná-las cada vez mais
sustentáveis e em sintonia com um desenvolvimento equilibrado. Afinal, este é o
primeiro passo para unir as nossas forças e atitudes Por um Mundo Melhor.”
Para além disto, sugiro a consulta do site www.rockinriolisboa.sapo.pt,
que no separador relativo ao projecto social nos apresenta a versão integral
desse plano de sustentabilidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário