terça-feira, 24 de abril de 2012


Emergências radiológicas

As emergências radiológicas estão associadas a um vasto leque de cenários e a uma ampla magnitude de consequências de menor ou maior gravidade. As emergências desta natureza causam um impacto em larga escala na sociedade e os seus efeitos podem ir mais além do que o impacto local do evento, acabando por afectar sistemas indispensáveis para a manutenção do tecido social. No entanto a utilização de radiações ionizante nas actividades humanas é imprescindível, seja na medicina, na indústria ou na investigação.
A opção energética nacional não inclui o recurso a centrais nucleares e por isso a probabilidade de ocorrência de uma emergência radiológica que provoque consequências graves em grande parte do território nacional é bastante remota, no entanto, podem ocorrer outras emergências desta natureza, resultantes de outro tipo de fontes que não as centrais nucleares, com consequências diversas, em território nacional. Por outro lado, acidentes em instalações estrangeiras do ciclo nuclear representam um perigo real com efeitos que se podem fazer sentir a grandes distâncias.
Em Espanha estão em funcionamento 7 centrais nucleares, num total de 9 unidades, e outras instalações do ciclo de combustível nuclear, o que faz de Portugal um País "vizinho" e exige uma atenção cuidada para um potencial acidente nessas instalações.
Situações de emergência radiológica poderão também ocorrer, embora mais localizadas, devido à utilização de fontes radioactivas na medicina, indústria ou investigação, ou no transporte de substâncias radioactivas, sejam fontes para aplicações dos tipos anteriormente referidos, seja combustível nuclear utilizado no Reactor Português de Investigação (RPI) ou seja concentrado de urânio produzido nas nossas instalações mineiras, actualmente em fase de encerramento definitivo.
Melhorar a confiança nas decisões durante a gestão de emergência é um objectivo fundamental do processo de decisão. À medida que mais desastres ocorrem despertando a necessidade de novas tecnologias para lhes fazer face, também os desafios para a humanidade se tornam mais exigentes. Esta exigência implica uma necessidade de combinar características técnicas e organizacionais para produzir um conhecimento base que possa ser partilhado com os vários intervenientes, suportando as acções colectivas na resposta à emergência e permitindo uma optimização na reacção à mesma.

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