Emergências
radiológicas
As emergências radiológicas estão
associadas a um vasto leque de cenários e a uma ampla magnitude de
consequências de menor ou maior gravidade. As emergências desta natureza causam
um impacto em larga escala na sociedade e os seus efeitos podem ir mais além do
que o impacto local do evento, acabando por afectar sistemas indispensáveis
para a manutenção do tecido social. No entanto a utilização de radiações
ionizante nas actividades humanas é imprescindível, seja na medicina, na
indústria ou na investigação.
A opção energética nacional não inclui o
recurso a centrais nucleares e por isso a probabilidade de ocorrência de uma
emergência radiológica que provoque consequências graves em grande parte do
território nacional é bastante remota, no entanto, podem ocorrer outras
emergências desta natureza, resultantes de outro tipo de fontes que não as
centrais nucleares, com consequências diversas, em território nacional. Por
outro lado, acidentes em instalações estrangeiras do ciclo nuclear representam
um perigo real com efeitos que se podem fazer sentir a grandes distâncias.
Em Espanha estão em funcionamento 7
centrais nucleares, num total de 9 unidades, e outras instalações do ciclo de
combustível nuclear, o que faz de Portugal um País "vizinho" e exige
uma atenção cuidada para um potencial acidente nessas instalações.
Situações de emergência radiológica
poderão também ocorrer, embora mais localizadas, devido à utilização de fontes
radioactivas na medicina, indústria ou investigação, ou no transporte de
substâncias radioactivas, sejam fontes para aplicações dos tipos anteriormente
referidos, seja combustível nuclear utilizado no Reactor Português de
Investigação (RPI) ou seja concentrado de urânio produzido nas nossas
instalações mineiras, actualmente em fase de encerramento definitivo.
Melhorar a confiança nas decisões
durante a gestão de emergência é um objectivo fundamental do processo de
decisão. À medida que mais desastres ocorrem despertando a necessidade de novas
tecnologias para lhes fazer face, também os desafios para a humanidade se
tornam mais exigentes. Esta exigência implica uma necessidade de combinar
características técnicas e organizacionais para produzir um conhecimento base
que possa ser partilhado com os vários intervenientes, suportando as acções
colectivas na resposta à emergência e permitindo uma optimização na reacção à
mesma.
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