Rótulo Ecológico
No passado dia 17 de Abril, o Professor Vasco Pereira da
Silva falou-nos na aula teórica acerca do Rótulo Ecológico Europeu como mais uma das
novas formas de actuação administrativa para
as quais o Direito do Ambiente está a servir de “laboratório de
experimentação”, pareceu-nos então pertinente deixar aqui os traços essenciais
deste instituto.
Criação
Este mecanismo foi criado pelo
Regulamento do Conselho nº880/92/CEE de 23/3/1992, estando actualmente
disciplinado pelo Regulamento do Parlamento Europeu e do Concelho nº 1980/2000de 17/7/2000.
O que é
A Eco Etiqueta será uma forma de
advertir e orientar os consumidores acerca dos produtos e serviços que
contribuem para uma maior redução dos impactos ambientais negativos por
comparação com os produtos do mesmo género (artº1 nº7 Regulamento).
Atribuição
da Certificação
Para ser atribuído, o fabricante/prestador
do produto/serviço terá de apresentar um pedido à autoridade competente do
Estado-Membro onde é fabricado (artº7 Regulamento), que em Portugal é a Direcção
Geral da Empresa, sendo que posteriormente será celebrado um contracto onde
serão estabelecidas as condições de utilização do rótulo. Será feita uma
extensa e rigorosa análise da produção desses bens para aferir a sua eficiência
ecológica e existem até manuais para cada tipo de produto candidato.
Produtos
com este rótulo
Existem actualmente
mais de 300 produtos na União Europeia com esta certificação. Em Portugal
podemos destacar estas marcas/produtos/serviço
com esta certificação:
Tintas Robialac, Natura Pura (roupa para bebés), Refúgio Atlântico (hotel na Madeira), Turiviana (estalagem em Viana do Castelo), F.Lima (várias marcas e produtos - novycera, wc pato), Tintas Dyrup, Renova, Coelima (roupa para a casa).
Tintas Robialac, Natura Pura (roupa para bebés), Refúgio Atlântico (hotel na Madeira), Turiviana (estalagem em Viana do Castelo), F.Lima (várias marcas e produtos - novycera, wc pato), Tintas Dyrup, Renova, Coelima (roupa para a casa).
Apesar de já estar
instituído há alguns anos, temos de admitir que não existem assim tantos
produtos com esta certificação. E, bem vistas as coisas, é possível que, apesar
de ser um óptimo meio de informação e sensibilização ao consumidor, pode não
ser o suficiente para aumentar o consumo destes bens. É inegável que a
sensibilidade ecológica e ambiental é muitas das vezes colocada em
segundo plano quando se atende a critérios como o preço do produto, o que obviamente
se agrava em situações de crise.
Bibliografia:
- Silva, Vasco Pereira da, “Verde, Cor do Direito”
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