A
colega da Subturma 9 apresentou-nos uma notícia que iniciava nestes termos: “Mudar
os paradigmas actuais, pensar alternativas, criar uma Agência Mundial da Água e
de um Centro Ibérico para o Desenvolvimento Sustentável e estabelecer a cultura
como um pilar da sustentabilidade são as principais conclusões do Fórum Mundial
Lisboa 21, apresentadas ontem na Universidade Católica. Estas conclusões e
recomendações surgem na sequência do Fórum Mundial Lisboa 21 (organizado por
Portugal e Espanha), que decorreu em Lisboa em Outubro passado, e devem
integrar um documento que será apresentado no âmbito da Cimeira das Nações
Unidas Rio+20, em Junho próximo”.
Muitos
se devem ter interrogado sobre este Rio + 20 de que a colega fala na sua
notícia. Mas farão as pessoas ideia do que acontecerá nesse evento? Do que ele poderá
representar para o nosso futuro?
Em
junho, líderes dos 193 Estados que fazem parte da ONU, além de representantes
de vários sectores da Organização, vão reunir-se para discutir como podemos
transformar o planeta num lugar melhor para viver, inclusive para as futuras
gerações. Podemos perceber como
se trata de uma grande responsabilidade.
A ideia da realização desta Conferência no
Brasil foi do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que, em 2007,
fez a proposta à ONU. Cabe, antecipadamente, explicar o porquê desta
designação. Rio porque se irá realiza no Rio de Janeiro e +20 porque se trata de
20 anos após uma outra conferência internacional que tinha objetivos muito
semelhantes: a Eco92, também promovida pela ONU, na capital
fluminense, para debater meios possíveis de desenvolvimento sem desrespeitar o
meio ambiente.
O
evento rendeu a criação de vários documentos importantes - como a , a e as
Convenções do e da -,
além de ter consagrado uma menina de apenas, 12 anos.
Trata-se
da pequena canadiense Severn
Suzuki, fundadora do
movimento Eco
- Organização Ambiental das Crianças, que ficou marcada na história da Eco92 ao juntar
dinheiro, juntamente com três amigos - Michelle
Quigg, Vanessa
Suttie e
Morgan Geisler para viajar para o Brasil e discursar para os
mais importantes líderes do planeta, na época. Com um discurso elucidativo e emotivo
ela acabou por finalizar pedindo mais respeito pelo mundo que eles estariam a deixar para as futuras gerações.
Vinte
anos depois, a Rio+20 reunirá os líderes de todo o mundo para fazer um balanço
do que foi feito nas últimas duas décadas e discutir novas maneiras de
recuperar os estragos que já fizemos no planeta, sem deixar de progredir. Mas
pensar em alternativas para diminuir o impacto da humanidade na Terra não é
responsabilidade, apenas, dos governantes: é nossa também. Afinal, todas as
atitudes que tomamos no dia-a-dia - do tempo que demoramos para escovar os
dentes ao meio de transporte que escolhemos para ir à escola - afectam, de alguma
maneira, o planeta e, por consequência, a nossa vida e todos aqueles que nos rodeiam.
Por isso, no mesmo período da reunião oficial da Rio+20, o Rio de Janeiro sediará, também, a Cúpula dos Povos: um evento que contará com debates, palestras e uma porção de outras atividades, sobre os mesmos temas da Conferência da ONU, mas que irão ser promovidos por grupos da sociedade civil - como ONGs e empresas.
Por isso, no mesmo período da reunião oficial da Rio+20, o Rio de Janeiro sediará, também, a Cúpula dos Povos: um evento que contará com debates, palestras e uma porção de outras atividades, sobre os mesmos temas da Conferência da ONU, mas que irão ser promovidos por grupos da sociedade civil - como ONGs e empresas.
A
ideia é que todos os setores da sociedade discutam, ao mesmo tempo, maneiras de
transformar o planeta num lugar melhor para vivermos. Afinal, a união faz a
força, certo? E até mesmo quem estiver de fora dessas duas reuniões pode
ajudar, pensando em maneiras de diminuir o seu impacto na Terra. Que tal tomarmos
banhos mais curtos? Ou desligar a TV, enquanto usamos o computador e
vice-versa? Pensemos em atitudes que podemos adoptar para melhorar o planeta em
que vivemos e compartilhemos com os nossos amigos, pais e professores - e,
também, aqui, como não podia deixar se ser, no BLOG!
Vejam o discurso da menina Severn Suzuki, na Eco92: Que ela seja como uma luz inspiradora na luta por um planeta cada vez mais verde.
Hoje, quase vinte anos
depois da Eco92, três dos quatro fundadores do movimento Eco, que juntaram
dinheiro para Suzuki discursar na Conferência, continuam seduzidos pelas
questões sociais e ambientais? Suzuki é activista da fundação David Suzuki,
criada pelo seu pai, e dá palestras no mundo inteiro sobre sustentabilidade.
Morgan Geisler é integrante do Greenpeace e Michelle Quigg é advogada e
trabalha na área de imigração, refúgio e justiça social.
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