Certificação Energética dos Edifícios
Actualmente a problemática
da energia, da crise energética e da necessidade de assumir políticas de
poupança, assume-se como uma questão da “ordem do dia”. Ao nível energético o
PROTOCOLO DE QUIOTO assumiu-se com uma grande relevância ao nível específico do
combate à destruição da camada do ozono, remetendo-nos para a lógica da redução
da emissão de gases. No entanto parece-me claro que a sua falha em muito se
ficou a dever a falta de consciência ecológica e ambientalista de muitas das
nações mais desenvolvidas, que não conseguiram abdicar de uma actuação
excessivamente poluente.
É precisamente neste
âmbito que surge a questão da certificação energética dos edifícios, que se
traduz num problema de consumo energético dos edifícios e ainda numa medida de
qualidade do ar interior dos mesmos.
- · Temos uma consagração destas preocupações ao nível comunitário, que se traduz em diversas directivas, entre as quais a Directiva 2002/91/CE, muito preocupadas com o desempenho energético dos edifícios (isolamento térmico, fontes de energia renováveis e concepção dos edifícios).
Nesse âmbito passamos a ter uma nova
metodologia de cálculo do desempenho energético integrado dos edifícios, e uma
inspecção regular por técnicos qualificados e acreditados para que se garanta
uma “abordagem comum do processo”.
- · Já ao nível nacional temos o Decreto – lei 78/2006, de 4 de Abril, que nos aborda precisamente a questão do “Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios”, sendo uma transposição parcial da directiva acima assinalada. Neste âmbito importa realçar em primeiro lugar a lógica informativa deste sistema (o grande relevo esta no conhecimento do desempenho energético dos edifícios); em segundo lugar a integração faseada do sistema de certificação, de forma a distinguirmos as antigas das novas construções; e em terceiro lugar o facto de estarmos perante procedimentos ágeis, simples e desburocratizados.
Uma pequena nota para o facto de haver
naturais distinções a fazer, nomeadamente no que toca às diferentes categorias
de edifícios.
Para além disso e igualmente criada a
AGENCIA PARA A ENERGIA que fica responsável pela aplicação, gestão e
fiscalização do trabalho de certificação.
- · Ainda nos importa realçar o Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios que vem previsto no Decreto – lei 79/2006, de 4 de Abril, que nos aborda essencialmente questões de conforto térmico, higiene e de eficiência dos sistemas de climatização e dos edifícios. Deste regulamento parece clara a conclusão de quanto melhor for a eficiência energética mais facilmente se manterá uma boa qualidade do ar interior
- · Também ao nível nacional imporá realçar o Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios, Decreto – lei 80/2006, de 4 Abril, que nos impõe limites aos consumos, por um lado, e por outro aumenta-nos o grau de exigência de formação profissional dos técnicos responsáveis. Trata então as exigências de controlo térmico, de ventilação entre outras, mas sem dispêndio energético excessivo. Este diploma tem uma natureza demasiado técnica que não irei naturalmente precisar neste texto.
Em suma, da analise deste
texto e dos vários diplomas por mim elencados (apesar de serem diplomas onde
reina o rigor técnico), parece ser de concluir que a questão da eficiência
enérgica é algo bastante actual e que merce o melhor dos cuidados. Por outro
lado, e para além da grande conotação que esta matéria tem com o ambiente, não
nos poderemos esquecer que quanto mais eficiente for o nosso edifício e quanto
menor for o desperdício energético maior será a poupança, o que em tempo de
crise não me parece ser de rejeitar.
http://www.ecocasa.pt/
(link do site relativo a construção sustentável)
http://www.certificacaoenergetica.com/
(link do site da certificação energética)
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