segunda-feira, 9 de abril de 2012


Ambiente: Satélites permitem cortar menos e melhor madeira



Os satélites vão passar a ajudar na produção de mais madeira usando menos árvores, segundo um teste que está a ser feito pela Agência Espacial Europeia.

A Agência Espacial Europeia (ESA) e a empresa irlandesa Treemetrics estão a desenvolver um projecto que permite aos gestores florestais e às máquinas de abate no local comunicarem em tempo real. O Satmodo, assim se chama o sistema, está a ser trabalhado através da combinação de satélites e serviços de comunicação móveis.

Até hoje, os responsáveis pela recolha das árvores tinham que dar as instruções aos operadores via correio electrónico, telefone ou presencialmente. "Ninguém sabe ao certo o que está nas florestas até as árvores serem abatidas. Isto é ineficiente. Muitas vezes, as máquinas vão para a floresta errada e cortam árvores que não são as adequadas aos pedidos do mercado", anunciou a Treemetrics em comunicado à imprensa.

Através deste novo sistema, a ESA anuncia que "o valor da colheira pode ser determinado quase em tempo real e alterado no local, em vez de se esperar até cortar a floresta toda".

O Satmodo permitirá fazer uma gestão bem mais cuidada dos recursos, através de satélites que identificam aquelas mais adequadas a cada pedido do mercado. Como nem todas as árvores são criadas da mesma forma, os satélites detectam, por exemplo, aquelas que podem ser destinadas para toros (pedaços de madeira) ou para o fabrico de celulose. Assim, com base no pedido do cliente, é criada "uma instrução de corte" que informa a máquina e o seu operador como fazer o abate das árvores.

Essa comunicação é feita através do IsatM2M, o novo serviço da empresa Inmarsat. O IsatM2M é um serviço de mensagens via satélite, que permite a localização e monitorização máquina-a-máquina em qualquer lugar do mundo.




Antes de proceder à breve análise crítica do presente artigo, cabe referir alguns aspectos essenciais. A desflorestação é o processo de desaparecimento de massas florestais, fundamentalmente causada pela actividade humana. A desflorestação é directamente causada pela acção do homem sobre a natureza, principalmente devido à destruição de florestas para a obtenção de solo para cultivos agrícolas ou para extracção de madeira, por parte da indústria madeireira.

Uma consequência da desflorestação é o desaparecimento de absorventes de dióxido de carbono, reduzindo-se a capacidade do meio ambiente de absorver as enormes quantidades deste causador do efeito estufa, e agravando o problema do aquecimento global.

Assim, os impactos ambientais causados pela desflorestação são diversos e entre eles está um problema ambiental preocupante que é a emissão de gases de efeito estufa e a principal causa dos impactos de actividades humanas no sistema de clima é o uso de combustíveis fósseis nos países desenvolvidos. No entanto, a desflorestação está a tornar-se uma fonte muito importante de emissões de gases de efeito estufa. Estima-se que a desflorestação seja responsável por 10% a 35% das emissões globais anuais, com algumas estimativas ainda mais altas. A principal fonte global de emissões por desflorestação é proveniente das florestas tropicais.

 A desflorestação tropical está a ocorrer a taxas crescentes e os países que mais desmatam são: Brasil, Indonésia, Sudão, Zâmbia, México, República Democrática do Congo e Myanmar, estes países já perderam mais de 71 milhões de hectares de florestas entre 1990 e 2000. Cada um destes países perdeu uma média anual de pelo menos 500.000 ha de florestas. O Brasil (com desflorestação anual médio de 2,3 milhões de ha) e Indonésia (com desflorestação anual médio de 1,3 milhões de ha) lideram a lista de destruição florestal naquele período.

Quanto a nós, cabe concluir com um bem-haja a esta nova medida que em muito irá ajudar a salvar muitas árvores, evitando a destruição “desmedida” de algumas florestas , bem como a contribuir para a melhoria e protecção do nosso meio Ambiente!


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