Ambiente:
Satélites permitem cortar menos e melhor madeira
Os satélites vão passar a ajudar na
produção de mais madeira usando menos árvores, segundo um teste que está a ser
feito pela Agência Espacial Europeia.
Até hoje, os responsáveis pela recolha das
árvores tinham que dar as instruções aos operadores via correio electrónico,
telefone ou presencialmente. "Ninguém sabe ao certo o que está nas
florestas até as árvores serem abatidas. Isto é ineficiente. Muitas vezes, as
máquinas vão para a floresta errada e cortam árvores que não são as adequadas
aos pedidos do mercado", anunciou a Treemetrics em comunicado à imprensa.
Através deste novo sistema, a ESA anuncia
que "o valor da colheira pode ser determinado quase em tempo real e
alterado no local, em vez de se esperar até cortar a floresta toda".
O Satmodo permitirá fazer uma gestão bem
mais cuidada dos recursos, através de satélites que identificam aquelas mais
adequadas a cada pedido do mercado. Como nem todas as árvores são criadas da
mesma forma, os satélites detectam, por exemplo, aquelas que podem ser
destinadas para toros (pedaços de madeira) ou para o fabrico de celulose.
Assim, com base no pedido do cliente, é criada "uma instrução de
corte" que informa a máquina e o seu operador como fazer o abate das
árvores.
Essa comunicação é feita através do
IsatM2M, o novo serviço da empresa Inmarsat. O IsatM2M é um serviço de
mensagens via satélite, que permite a localização e monitorização máquina-a-máquina
em qualquer lugar do mundo.
Fonte: http://jpn.icicom.up.pt/2012/04/09/ambiente_satelites_permitem_cortar_menos_e_melhor_madeira.html
Antes de proceder à breve análise crítica
do presente artigo, cabe referir alguns aspectos essenciais. A desflorestação é
o processo de desaparecimento de massas florestais, fundamentalmente causada
pela actividade humana. A desflorestação é directamente causada pela acção do
homem sobre a natureza, principalmente devido à destruição de florestas para a
obtenção de solo para cultivos agrícolas ou para extracção de madeira, por parte
da indústria madeireira.
Uma consequência da desflorestação é o desaparecimento
de absorventes de dióxido de carbono, reduzindo-se a capacidade do meio
ambiente de absorver as enormes quantidades deste causador do efeito estufa, e
agravando o problema do aquecimento global.
Assim, os impactos ambientais causados
pela desflorestação são diversos e entre eles está um problema ambiental
preocupante que é a emissão de gases de efeito estufa e a principal causa dos
impactos de actividades humanas no sistema de clima é o uso de combustíveis
fósseis nos países desenvolvidos. No entanto, a desflorestação está a tornar-se
uma fonte muito importante de emissões de gases de efeito estufa. Estima-se que
a desflorestação seja responsável por 10% a 35% das emissões globais anuais,
com algumas estimativas ainda mais altas. A principal fonte global de emissões
por desflorestação é proveniente das florestas tropicais.
A
desflorestação tropical está a ocorrer a taxas crescentes e os países que mais
desmatam são: Brasil, Indonésia, Sudão, Zâmbia, México, República Democrática
do Congo e Myanmar, estes países já perderam mais de 71 milhões de hectares de
florestas entre 1990 e 2000. Cada um destes países perdeu uma média anual de
pelo menos 500.000 ha de florestas. O Brasil (com desflorestação anual médio de
2,3 milhões de ha) e Indonésia (com desflorestação anual médio de 1,3 milhões
de ha) lideram a lista de destruição florestal naquele período.
Quanto a nós, cabe concluir com um
bem-haja a esta nova medida que em muito irá ajudar a salvar muitas árvores,
evitando a destruição “desmedida” de algumas florestas , bem como a contribuir
para a melhoria e protecção do nosso meio Ambiente!
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