O grupo petrolífero norte-americano Chevron foi condenado por um tribunal do Equador a pagar oito mil milhões de dólares (seis mil milhões de euros) por danos ambientais, anunciou hoje um advogado dos queixosos.
Os danos foram causados pela Texaco, que a Chevron comprou em 2001, entre 1964 e 1990.
«O juiz [do tribunal provincial de Sucumbios, no Norte do país, encarregado do assunto] condenou a Chevron a pagar mais de oito mil milhões de dólares por danos ambientais», declarou o advogado Pablo Fajardo, citado pela AFP.
O porta-voz da Chevron para a América Latina, James Craig, confirmou que uma sentença de condenação foi emitida «no quadro de um processo por danos ao ambiente intentado contra a empresa, relacionado com as operações da Texaco Petroleum Company», entre 1964 e 1990.
Enquanto proprietária da Texaco, a Chevron é condenada pelos danos provocados pela Texaco à Amazónia equatoriana.
«Vamos recorrer da sentença», afirmou o porta-voz, em declarações telefónicas a partir de Nova Iorque.
Por outro lado, a empresa considerou, em comunicado, que o julgamento é «ilegítimo e inaplicável», considerando que resulta de «uma fraude e é totalmente contrário à prova científica».
Esta condenação ultrapassa a multa recorde exigida inicialmente à ExxonMobil, por causa da maré negra no Alasca, em 1989, que se aproximou dos cinco mil milhões de dólares, antes de ser reduzida para os 500 milhões.
Jornal Sol, 14 de Fevereiro de 2011 (http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=11766)
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