Caça ás baleias
Esta prática iniciou-se no século XII na área do Golfo de Biscaia, no Atlântico Norte, próximo à costa espanhola e francesa e inicialmente com a finalidade de alimentação, pois a carne de baleia era uma importante fonte de alimento. Nos séculos XVIII e XIX a caça ás baleias cresce rapidamente pela comercialização do óleo que era usado em lamparinas. Com o aperfeiçoamento dos instrumentos de caça e com a invenção do navio-fabrica, esta pratica aumentou de forma irracional numa escala planetária levando mesmo à quase extinção de algumas espécies(azul, fin, sei, jubarte e franca)
Face a isto em 1946 a ONU aprova uma resolução onde se cria a Convenção Internacional para a Regulação da Actividade Baeleira (ICRW) em que um numero crescente de espécies vai sendo protegido com a proibição da sua caça comercial.
Criou-se uma Comissão Baleeira Internacional (CBI) que visava conservar as populações de baleias que pudessem ser devidamente exploradas. Quando uma espécie rareava partia-se para a caça de outra e desta forma conseguiu-se dizimar milhares de baleias. Estima-se mesmo que cerca de 2 milhões de baleias foram mortas nos últimos cem anos. Face a isto a CBI declarou em 1986 a moratória da caça por tempo indeterminado embora nos termos do artigo V daquela convenção, foram dados 90 dias para os Estados signatários apresentarem objecções. A Noruega apresentou considerando a decisão nula e sem efeito dado que ela não foi baseada em parecer fundamentado do Comité Cientifico da CBI, estando em contradição com os objectivos estabelecidos no perambulo da Convenção. Este pais pode assim continuar a caça as baleias e tem-no feito desde 1993. Por outro lado a Convenção permitia ainda outros tipos de caça : para fins de investigação cientifica, e caça artesanal. Estas excepções permitiram ao Japão continuar a caça as baleias invocando as finalidades cientificas. A organização Greenpeace enalteceu esta moratória da caça como uma das maiores conquistas ambientais do século XXI.
Criou-se posteriormente Santuários no Oceano Indico e no Oceano Antartico como forma de tentar preservar as baleias, pois nestes locais a caça é proibida e a intenção é que estes sejam estendidos para formar um grande santuário global para as baleias, proibindo de vez a caça comercial desses animais e garantido a manutenção das espécies. Contundo a comissão admite a caça para fins científicos e devido a isto o Japão tem continuado a caçar mesmo nestes santuários invocando esse argumento e sendo consequentemente acusado por muitos ambientalistas de estar a burlar a lei.
Membros da Comissão Internacional reuniram-se em Agadir, Marrocos, em junho de 2010 para discutir o destino da proibição comercial. Os três países(Japão, Noruega e Islândia) que ainda caçam baleias queriam suspender a proibição da caça comercial. Em troca, eles concordariam em diminuir o número de baleias que matam. No entanto, a maioria das nações da Comissão Internacional não concordou e a caça comercial de baleias continua proibida.
A 9 de Fevereiro de 2011 um navio da Sea Shepherd encontrou o navio ilegal baleeiro japonês durante o processo ilegal de esquartejamento de baleia, iniciando assim imediatamente a sua perseguição á qual o navio japonês tentou escapar. Ao bloquear a rampa da popa do navio japonês este fica incapacitado de carregar as baleias mortas dos navios arpoadores, permitindo assim que a Sea Shepherd consiga encerrar as operações de caça ilegal.
Recentemente um grupo de pesquisadores demonstrou que o DNA do sushi oferecido em diversos restaurantes do mundo pertence ás baleias assassinadas pelos baleeiros japoneses com supostos fins científicos. É chocante como é que a CIB ainda não aplicou sanções duras a este páis que destrói sistematicamente as nossas espécies, e como é que este pais continua a usar a desculpa dos fins científicos quando todo o mundo sabe a valorização da carne de baleia no Japão.
Sem comentários:
Enviar um comentário