quinta-feira, 19 de abril de 2012

Portugal e Espanha querem mudar paradigma para a sustentabilidade


Mudar os paradigmas actuais, pensar alternativas, criar uma Agência Mundial da Água e de um Centro Ibérico para o Desenvolvimento Sustentável e estabelecer a cultura como um pilar da sustentabilidade são as principais conclusões do Fórum Mundial Lisboa 21, apresentadas no dia 17 na Universidade Católica. 

Estas conclusões e recomendações surgem na sequência do Fórum Mundial Lisboa 21 (organizado por Portugal e Espanha), que decorreu em Lisboa em Outubro passado, e devem integrar um documento que será apresentado no âmbito da Cimeira das Nações Unidas Rio+20, em Junho próximo.

O documento tem a tónica na água e na energia, sendo que a situação económica na Europa «obriga a repensar situações económicas e sociais e planos de acção e partir em busca de alternativas para uma maior eficiência e eficácia». Entre as atribuições sugeridas para a Agência Mundial da Água está, por exemplo, a formulação de um quadro político global para os recursos hídricos, nomeadamente para as bacias transnacionais; apoiar os países na recolha de informação hídrica; promover a educação no sentido da sustentabilidade; e promover o intercâmbio das melhores práticas.

Já ao Centro Ibérico para o Desenvolvimento Sustentável seria atribuído o papel de credibilizar o conceito, construindo um modelo de relações causais que se adapte à sustentabilidade. Na apresentação do documento, Amalio de Marichalar, Presidente do Foro Soria 21 para el Desarrollo Sostenible, disse que as entidades estão a solicitar o apoio de outros países para este documento, nomeadamente a Alemanha.

          «Portugal pode ter um importante papel nestas matérias tendo em conta o seu passado histórico, as suas ligações aos quatro cantos do mundo e as suas virtudes em matérias ambientais, como o sucesso na implementação das energias renováveis», sublinhou acrescentando que o País poderá liderar a iniciativa no pós Rio+20.

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