O Governo Japonês pretende reativar os reactores nucleares nºs 3 e 4 da Central de Oi, na província de Fukui da ilha japonesas de Honshu.
Desativados em Março e Julho do ano passado para inspecções rotineiras obrigatórias a cada 13 meses, não voltaram a ser ligados já que o anterior Governo de Naoto Kau considerou necessária a realização de um novo conjunto de testes de resistência a catástrofes naturais.
Estas novas exigências surgiram logo após o acidente nuclear de Fukushima que, devido a um terremoto de 8,9 na escala Richter ocorrido 11 de Março de 2011 seguido de tsunami, fez abalar a estrutura da Central de Fukushima I com graves consequências.
A decisão agora tomada está a gerar críticas na população japonesa que teme a falta de segurança desta operação.
Segundo declarações prestadas pelo ministro da Indústria Yukio
Edano em conferência de imprensa no passado dia 13 de Abril, tudo está a ser
feito para convencer os cidadãos da
segurança e necessidade desta reativação.
A companhia responsável pela
exploração de central de Oi, a Kansai Electric Power, acrescentou ainda
a sua extrema importância já que com
todos os reatores da central parados, prevê severos cortes de eletricidade a
quando dos picos de consumo previstos para o próximo Verão.
O país tem 54 reatores nucleares mas atualmente só um se encontra
em funcionamento estando prevista para breve
a sua descativação para manutenção.
A agência de Segurança
Nuclear nipónica e uma comissão de trabalho consideraram que, mesmo em caso de
ocorrência de novo sismo, os reatores 3 e 4 não correm risco de sofrer danos
semelhantes aos da central de Fukushima
e que estes respondem aos novos padrões de exigência.
Já o ativista da organização Greenpeace no Japãp, Wakao Hanaoka
discorta por completo desta posição dizendo que ninguém estava preparado para o
que aconteceu em Fukushima e que não foram feitos quaisquer melhoramentos na
central de Oi para ser credível a sua segurança. Referem ainda a existência de
estudos independentes que demosntram a pouca probabilidade da verificação de cortes no fornecimento de
energia já para a próxima estação quente, o que, na sua opinião deita por terra
os argumentos de urgência apresentados pelos responsáveis da central.
Contribuindo para este clima de receio a Tokyo Electric Power Company, responsável
pela central de Fukushima divolgou no passado dia 15 novas imagens fotográficas
que ajudam a entender os estragos ocorridos após a explosão num dos tanques de
armazenamento de combustível, 3 dias depois do sismo.
Numa batalha de argumentos, ficamos aguardar o desfeixo de uma
situação que conjuga a necessidade do acesso Humano às fontes energéticas que
permitem a manutenção e melhoramento dos padrões de desenvolvimento do país e
do mundo, com as preocupação ambientais sob pena de a falta de prevenção levar
a consequências ainda mais gravosas para todos.
Faz sentido o apelo ao respeito pelo princípio da
proporcionalidade na tentativa de se encontrar uma solução de compromisso entre
os factores económicos/de desenvolvimento e ambientais.
Fonte: Jornal Público
Sem comentários:
Enviar um comentário