Trata-se do primeiro projeto de energia eólica offshore a nível mundial que não exigiu a utilização de qualquer equipamento de carga pesada offshore. Todo o processo de montagem final, instalação e preparação da entrada em funcionamento decorreu em terra firme, num ambiente controlado. Há a acrescentar que esta é a primeira turbina eólica em águas abertas no Atlântico, sendo igualmente a primeira colocação offshore de uma estrutura semi submersível que sustenta uma turbina eólica multi-megawatts.
No seguimento da preparação da entrada em funcionamento do sistema em terra, nas instalações da Lisnave, perto de Setúbal, em Portugal, o WindFloat foi lançado mediante a utilização de uma doca seca e rebocado para o alto mar. O reboque marítimo prolongou-se ao longo de cerca de 350 km em águas abertas do Atlântico. A capacidade de efetuar a operação de reboque nestas circunstâncias pode ser atribuída ao desempenho e à estabilidade do WindFloat, fatores estes que permitem igualmente a utilização de turbinas eólicas comerciais prontas para uso e oriundas de qualquer fabricante.
Durante as próximas semanas será concluído um rigoroso procedimento de comissionamento, testes e posterior entrada em funcionamento. Este procedimento incluirá operações de ensaio e um período de aumento faseado da produção de energia até ser atingida a capacidade total.
“Este é um momento histórico de cortar a respiração”, declarou Alla Weinstein, CEO da Principle Power. “De certa forma, estamos a dar um passo gigantesco em direção a novos recursos energéticos, à semelhança do que aconteceu na indústria do petróleo e do gás durante a década de 1970, quando começaram a ser utilizadas as estruturas flutuantes. Além disso, demonstrámos as capacidades do setor marítimo português para se adaptar e fornecer os recursos necessários ao fabrico e à implantação de uma estrutura offshore desta escala. [Na Principle Power] aguardamos com expectativa futuros negócios e o êxito neste mercado e nos mercados eólicos offshore a nível mundial, através do nosso inovador WindFloat.”
“O oceano (profundo) é a próxima grande fronteira energética”, afirmou António Vidigal, Presidente da EDP Inovação. “A tecnologia eólica em alto mar, mais concretamente o WindFloat, permitir-nos-á explorar ventos mais fortes e estáveis e, a médio prazo, assegurar energia sustentável para o nosso sistema elétrico. Este é o momento para a realização exaustiva de testes e para a validação, com vista a avançar no desenvolvimento desta tecnologia promissora. O WindFloat coloca a EDP na vanguarda da exploração eólica offshore.”
EDP 02-12-2011
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