O azeite do sudoeste da Europa, que representa 47 por cento da produção mundial, vai ter uma «ecoetiqueta» que garante o respeito pelas normas ambientais e a indicação da pegada de carbono no processo produtivo, foi hoje anunciado.
Disponível a partir de 2013, a ecoetiqueta resulta de uma investigação desenvolvida pelo consórcio OiLCA, que envolve o Centro para a Valorização de Resíduos (CVR) da Universidade do Minho, a Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD) e quatro centros tecnológicos de França e Espanha.
«O OiLCA visa promover a competitividade do sector oleícola do sudoeste europeu e culminará na implementação de uma ecoetiqueta, indexada ao produto oleico, capaz de comunicar ao consumidor o esforço e contribuição do sector para proteger o meio ambiente e mitigar as alterações climatéricas», explica Jorge Araújo, do CVR.
A ideia é proporcionar às empresas uma ferramenta que permita avaliar, de um ponto de vista ambiental e económico, tanto os seus processos produtivos como os impactos resultantes das possíveis alterações nos mesmos, identificando os melhores cenários sustentáveis e ecoeficientes.
Para isso, serão realizadas análises à pegada de carbono, ao ciclo de custos e ao volume de resíduos produzidos por região.
Para quantificar as emissões de gases com efeito de estufa, será usada como ferramenta a análise de ciclo de vida (ACV), passando por todas as fases de produção. Além do CVR e da AOTAD, o consórcio inclui a Fundação Citoliva (chefe de fila), Fundação CTM Centro Tecnológico, Instituto Andaluz de Tecnologia e Instituto Nacional Politécnico de Toulouse.
Diário Digital / Lusa
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