quarta-feira, 16 de maio de 2012

Cidades europeias devem proteger-se das alterações climáticas

As cidades europeias, mais do que as zonas rurais, devem proteger-se do aquecimento climático, tanto para proteger as populações, como por razões económicas, segundo um relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEE), divulgado na segunda-feira
"A composição e a disposição particular das zonas urbanas, comparadas com as zonas rurais, modificam os impactos das alterações climáticas, criando novos e variados desafios às cidades", onde vivem três quartos dos europeus, adiantou a AEE, em comunicado, ao apresentar o seu relatório intitulado "A Adaptação Urbana às alterações Climáticas na Europa".
Esta agência da União Europeia adiantou que "mais de metade das cidades europeias dispõe de uma fraca proporção de espaços verdes, o que pode intensificar fortemente as vagas de calor", manifestando uma preocupação particular com as cidades onde vive uma proporção elevada de pessoas vulneráveis, como "os cidadãos idosos na Itália, na Alemanha e nas cidades do Norte de Espanha".
Muitas zonas devem preparar-se para vagas de calor mais frequentes e intensas, recomenda o relatório, citando como bom exemplo a cidade sueca de Botkyrka, a única que foi capaz de ajudar as pessoas frágeis durante uma canícula em 2010, graças a um recenseamento prévio.
Por outro lado, acrescenta-se no documento, "uma em cada cinco cidades europeias com mais de cem mil habitantes é muito vulnerável às inundações provocadas pelas cheias dos rios", sublinhando-se a propósito o custo económico dos designados desastres naturais.
"As cidades têm necessidade de investir" em dispositivos preventivos, porque "quanto mais os dirigentes políticos tardam, mais a adaptação será custosa", alertou a diretora da Agência, Jacqueline McGlade, citada no comunicado.
Vítima de um dilúvio em julho de 2011, que causou prejuízos quantificados entre 650 milhões e 700 milhões de euros, Copenhaga está a construir uma segunda linha de metro com um sistema de prevenção de inundações dos subterrâneos, exemplifica-se no comunicado.
Londres, por ter construído barreiras sobre o Rio Tamisa, para se proteger da subida do nível das águas do mar, é outro caso mencionado no documento, que não evoca a situação de Veneza.

In jornal de Noticias 15/05/12

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