A Energia Solar –
Vantagens e Desvantagens da sua utilização
É
frequente ouvirmos as mais variadas discussões sobre um dos temas controversos
que mais se mantém na moda: as energias renováveis e não renováveis.
As
energias não renováveis correspondem aos recursos naturais escassos. São fontes
finitas de energia. O petróleo (assim como o gás natural ou o carvão), por
exemplo, provém da acumulação de combustíveis fósseis (matéria orgânica de
animais e plantas). Ora, este processo pode demorar milhões de anos. Daí que,
após o seu esgotamento, tenhamos de procurar alternativas.
As
alternativas procuram-se nas chamadas energias renováveis. Estas vão buscar
recursos naturais a elementos que naturalmente não se esgotam, como o sol,
vento, água, entre outros. A aposta nestas fontes energéticas é cada vez maior,
o que significa que tenhamos de apreciar com cuidado os seus prós e contras.
Nesta reflexão abordamos essencialmente a energia solar, por ser considerada
uma das energias renováveis com maior potencial.
Ao
contrário do habitual começaremos com as desvantagens. Como é óbvio, nem tudo
pode ser perfeito e a energia solar não foge à regra.
Em
primeiro lugar, os custos. O painel solar fotovoltaico, que converte a luz
solar em energia eléctrica, é a principal forma de captação da energia
proveniente do sol. No entanto, o material de que são feitos, assim como o
processo complexo do seu fabrico, aumentam bastante os seus custos de mercado.
Imediatamente associamos esta energia à pouca rentabilidade e eficiência.
Em
segunda lugar, as questões climatéricas, como não poderia deixar. Para que haja
um uso eficiente desta energia, estamos dependentes dos raios solares… e se
eles existirem em reduzida quantidade? É o que acontece em dias de chuva,
nebulosidade, etc. Aqui é manifesto que temos um enorme inconveniente. O mesmo
se aplica para o período em que está de noite.
Já
quanto às vantagens, temos de assinalar em primeiro plano a mais evidente: o
próprio facto de ser inesgotável.
Outra
das vantagens é encontrada aquando da comparação com a extracção dos
combustíveis fósseis: é que estes exigem igualmente grandes maquinarias e
mão-de-obra, o que resultará em elevados custos. Na energia solar, embora
tenhamos os custos do painel solar, é apenas isso que pode ser mais desvantajoso.
De resto, a energia solar é omnipresente.
Também
comparando a energia solar com os combustíveis fósseis podemos perceber que a
complexidade em termos de preços e as suas oscilações é muito maior nestes.
Isto acontece pois os custos associados a um combustível fóssil estão
dependentes das relações de oferta e procura, de certos factores globais e
eventos quase aleatórios.
Os
combustíveis fósseis, quando queimados, libertam gases nocivos e tóxicos para o
ecossistema. Muito se debate a questão do aumento do buraco do ozono. Está aqui
em causa a preservação do meio ambiente. Neste aspecto, a energia solar também
se afigura como mais limpa, ecológica e sem reflexos na saúde da população.
Finalmente,
o facto de que embora um painel solar constitua uma elevada despesa para quem o
adquire, também é certo que não haverão mais custos em termos de energia solar.
O que só pode significar que, mais uma vez comparando com os combustíveis
fósseis, a energia solar será mais rentável a médio prazo.
Em
conclusão: é importante tomarmos consciência de que as energias que
provavelmente mais utilizamos hoje em dia são finitas. O combustível que faz
mover um automóvel provém de combustíveis fósseis e pode a qualquer momento
esgotar-se. Temos então de procurar outras opções, e elas existem. Hoje em dia
já se utilizam carros eléctricos por exemplo. Quanto mais a tecnologia avançar,
mais essas alternativas se tornarão um bom substituto das energias não
renováveis. Afigura-se de especial relevância conhecer o que temos em mãos,
procurando informarmo-nos sobre os novos mecanismos energéticos. É nisto que se
baseia este pequeno contributo: dar a conhecer o que há de vantajoso (e o que
não há também!) dentro de uma dessas alternativas, que é a energia solar.
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