Esta publicação bianual é já uma referência como análise à saúde do nosso planeta e este ano um dos maiores alertas do relatório vai para o aumento do consumo e uso de recursos por uma população em crescimento e a pressão insustentável que esta exerce sobre a Terra.
Produzido em colaboração com a Sociedade Zoológica de Londres e a Global Footprint Network, o Relatório Planeta Vivo usa o Índice Global Planeta Vivo para medir as mudanças na saúde dos ecossistemas do planeta, avaliando 9.000 populações de mais de 2.600 espécies.
Este índice global revelou uma queda de 30% desde 1970, sendo mais alarmante no caso dos trópicos onde o declínio é de 60% em menos de 40 anos. Assim enquanto a biodiversidade revela uma tendência decrescente, a Pegada Ecológica sobre a Terra vai aumentando, como consequência da crescente procura pelos recursos naturais que se tornou insustentável.
O relatório reforça o impacto do crescimento da população humana e o sobre-consumo, como as principais causas da pressão ambiental. Evidencia ainda o impacto da urbanização como uma dinâmica em crescimento e por outro lado, a necessidade da humanidade de desenvolver novas e melhores formas de garantir o futuro do único planeta que temos.
Outra preocupação expressa no Relatório deste ano é a diferença entre países ricos e pobres, sendo que os de altos rendimentos têm uma Pegada Ecológica, em média, cinco vezes maior do que os países de baixos rendimentos.
Os 10 países com maior pegada ecológica são: Qatar, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Dinamarca, Estados Unidos da América, Bélgica, Austrália, Canadá, Holanda e Irlanda.
39ª é a posição que Portugal mantém, num total de 233 países analisados; a Pegada Ecológica dos portugueses é de 4.12 ha/pessoa, o equivalente a 2.32 planetas se toda a população mundial tivesse um estilo de vida igual ao dos portugueses."
Sem comentários:
Enviar um comentário