Buraco Na Camada De Ozono Com Níveis Recorde
“O
nível de destruição da camada de ozono sobre o Ártico alcançou 40% desde o
início do Inverno de 2011 no hemisfério Norte, 10% a mais comparado com o
antigo recorde”. Produtos químicos de indústrias e baixas temperaturas
contribuem para a destruição da camada de ozono, importante na protecção contra
o cancro de pele”.
Jornal
de Notícias
O buraco na camada de ozono trata-se de uma redução periódica na
concentração de ozono estratosférico (a grande altitudes) sobre os pólos. A
destruição da camada de ozono (O3) tem ocorrido desde os anos 80
devido à libertação de gases constituídos por cloro (ex. cloroflurorcarbonetos
– CFC) e bromo que, ao ligar-se com oxigénio (O2), destroem as
moléculas de O3. Quanto mais fina for a camada de ozono, menor é a
capacidade da atmosfera filtrar os raios solares ultravioleta (UV) e que são
prejudiciais à saúde, com ênfase na incidência de casos de cancros de pele e
outras doenças. Poluentes como os CFC vêm de produtos como aerossóis (sprays),
aparelhos de ar condicionado, frigoríficos e extintores. Apesar de já terem
sido banidos dos novos produtos, os aparelhos antigos continuam a libertar CFC.
De facto, num dia típico adicionamos 1.800 toneladas de CFC à atmosfera e os CFC
lançados ainda continuarão na alta atmosfera a destruir o ozono durante 50
anos.
A organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou o recorde negativo de
destruição da camada de ozono, em consequência das baixas temperaturas no Pólo
Norte da emissão de substâncias químicas nocivas, que apesar de serem reguladas
pelo protocolo de Montreal, devem continuar na atmosfera por muitas décadas.
Segundo a OMM, um Inverno rigoroso de temperaturas muito baixas na estratosfera
resultou na destruição da camada de ozono, devido à presença de gases emitidos
pelos aerossóis e quando as temperaturas mínimas chegam aos 80 graus abaixo de
zero, esses gases tornam-se ainda mais nocivos para o ozono. O fenómeno,
habitual na Antárctica, onde as temperaturas são muito baixas durante o inverno,
não era comum, até então, no Pólo Norte, região de temperaturas mais elevadas e
condições meteorológicas mais variáveis. Michel Jarraud, secretário-geral da
OMM, disse no site da “BBC” que este resultado mostra que “temos que permanecer
atentos sobre a situação do Ártico durante os próximos anos”, posição com a
qual concordamos. A perda de ozono permite que os raios ultravioleta penetrem
na Terra através da atmosfera, aumentando as taxas de cancro da pele, catarata
e danos ao sistema imunológico.
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