sábado, 12 de maio de 2012

Buraco Na Camada De Ozono Com Níveis Recorde


            “O nível de destruição da camada de ozono sobre o Ártico alcançou 40% desde o início do Inverno de 2011 no hemisfério Norte, 10% a mais comparado com o antigo recorde”. Produtos químicos de indústrias e baixas temperaturas contribuem para a destruição da camada de ozono, importante na protecção contra o cancro de pele”.

Jornal de Notícias

O buraco na camada de ozono trata-se de uma redução periódica na concentração de ozono estratosférico (a grande altitudes) sobre os pólos. A destruição da camada de ozono (O3) tem ocorrido desde os anos 80 devido à libertação de gases constituídos por cloro (ex. cloroflurorcarbonetos – CFC) e bromo que, ao ligar-se com oxigénio (O2), destroem as moléculas de O3. Quanto mais fina for a camada de ozono, menor é a capacidade da atmosfera filtrar os raios solares ultravioleta (UV) e que são prejudiciais à saúde, com ênfase na incidência de casos de cancros de pele e outras doenças. Poluentes como os CFC vêm de produtos como aerossóis (sprays), aparelhos de ar condicionado, frigoríficos e extintores. Apesar de já terem sido banidos dos novos produtos, os aparelhos antigos continuam a libertar CFC. De facto, num dia típico adicionamos 1.800 toneladas de CFC à atmosfera e os CFC lançados ainda continuarão na alta atmosfera a destruir o ozono durante 50 anos.

            A organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou o recorde negativo de destruição da camada de ozono, em consequência das baixas temperaturas no Pólo Norte da emissão de substâncias químicas nocivas, que apesar de serem reguladas pelo protocolo de Montreal, devem continuar na atmosfera por muitas décadas. Segundo a OMM, um Inverno rigoroso de temperaturas muito baixas na estratosfera resultou na destruição da camada de ozono, devido à presença de gases emitidos pelos aerossóis e quando as temperaturas mínimas chegam aos 80 graus abaixo de zero, esses gases tornam-se ainda mais nocivos para o ozono. O fenómeno, habitual na Antárctica, onde as temperaturas são muito baixas durante o inverno, não era comum, até então, no Pólo Norte, região de temperaturas mais elevadas e condições meteorológicas mais variáveis. Michel Jarraud, secretário-geral da OMM, disse no site da “BBC” que este resultado mostra que “temos que permanecer atentos sobre a situação do Ártico durante os próximos anos”, posição com a qual concordamos. A perda de ozono permite que os raios ultravioleta penetrem na Terra através da atmosfera, aumentando as taxas de cancro da pele, catarata e danos ao sistema imunológico.


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