Alterações climáticas: a crise que não sabemos pensar
No mês de Maio irá decorrer na Culturgest, um ciclo de conferências cujo tema central será as mudanças climáticas, abordando o tema de vários ângulos: a sua extensão científica; a projeção política e económica; o choque ético e moral nos nossos modos de interação com o ambiente; e o impacto que as alterações trarão para o individuo e a coexistência de ambos no futuro.
Parece-me importante que fundações, como a Fundação da Caixa Geral de Depósitos aborde temas como o das alterações climáticas, tendo em conta que esta deve ser uma preocupação de todos, não devendo estar restringida apenas a categoria das ciências da natureza.
Há que reconhecer que o nosso futuro se encontra cada vez mais condicionado pelo ambiente que nos rodeia, e que as nossas práticas (pouco) ambientais irão influenciar o nosso futuro e a maneira como iremos viver.
A National Geographic, na edição deste mês, alerta que podemos estar perante um aumento de temperatura, similar ao que ocorreu há 56 milhões de anos devido a libertação natural de CO². Matt Huber, explica que esta a acontecer o mesmo com a libertação de CO² dos combustíveis fosseis, a grande questão é que “estamos a consumir o que demorou milhões de anos a acumular e a liberta-lo num instante geológico.” A questão alarmante que se coloca é de que o planeta levou centenas de milhares de anos a recuperar da primeira vez.
Sem dúvida alguma que é necessário cada vez mais criar uma conceção ambiental, sendo de louvar iniciativas como estas!
Este ciclo de conferências terá como orador Viriato Soromenho- Marques, professor catedrático de Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. O interesse do professor por questões ambientais despertou ainda cedo, segundo este com o trabalho de José Correia da Cunha na sua participação editorial e televisiva, veja-se o programa televisivo Há só uma Terra, apresentado por Luís Filipe Costa, marcaram muitos da sua geração.
Presidiu entre 1992 e 1995 à Associação Quercus. Criou juntamente com Cristina Beckert e o Carlos João Correia, uma pós- graduação em Filosofia da Natureza e do Ambiente na Universidade de Lisboa. Foi Vice- Presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, a rede de conselho europeus (EEAC). Teve uma colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian, como coordenador científico do Programa Gulbenkian Ambiente e pertenceu ao aconselhamento do Presidente da Comissão Europeia em matéria de energia e alterações climáticas.
“Futuro. É o que dá sentido à nossa existência, O futuro antes estava garantido, hoje temos de lutar por ele. Pelo presente dos nossos filhos. A morte de cada um só é definitiva se toda a memória for abolida. A nossa civilização corre para um colapso, que, contudo, ainda pode ser evitado. Teremos a coragem de encontrar no serviço do futuro um critério de valor para as nossas vidas?” por Viriato Soromenho- Marques
Conferências:
10 de Maio, quinta-feira;
17 de Maio, quinta-feira;
24 de Maio, quinta-feira;
30 de Maio, quarta-feira;
Culturgeste: Pequeno Auditório, 18:30 entrada livre
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