Uma notícia a propósito do tráfico de seres vivos em vias de extinção

Tráfico de corais para fazer jóias

Mergulhavam até 90 m de profundidade com um objectivo: capturar uma espécie rara e valiosa de coral vermelho. Os seis homens, três espanhóis e três portugueses, geriam um esquema de tráfico deste produto marinho usado para fabricar jóias na Europa.

A rede, que actuava a partir dos portos de Portimão e Lagos, foi desmantelada pela Polícia Marítima, que apreendeu 32 quilos de coral, que "poderia atingir valores até 30 mil euros, por quilo, depois de trabalhado", revelou Cruz Martins, comandante da Capitania dos portos de Portimão e Lagos.

Feitas as contas, o coral apreendido de forma ilegal poderia valer quase um milhão de euros no mercado final da indústria da joalharia.

Segundo Cruz Martins, o produto capturado destinava-se "ao mercado europeu". Os elementos da rede, que foram constituídos arguidos, "mostravam ser muito experientes em mergulho profundo", com recurso a "equipamento sofisticado", incluindo uma câmara hiperbárica (usada para fazer a descompressão dos mergulhadores) instalada numa das embarcações.

Os corais apreendidos teriam várias centenas de anos.