A
construção é uma atividade que tem acompanhado o homem e as suas civilizações. Edifícios,
estradas, pontes e barragens, por exemplo, evidenciam uma forma de organização
e de procura de melhores condições de vida, entre outros. Estas, potenciam um
importante efeito ambiental, desde logo associado à ocupação e uso do solo, ao
consumo de recursos (água e energia), à produção em larga escala de resíduos e
efluentes, bem como à alteração de ecossistemas naturais, que podem interferir directamente
com o ambiente envolvente. Caminhar para uma prática de construção saudável é
um desafio fundamental de procura de equilíbrio ambiental e eficiência, devendo
agir-se localmente, pensando globalmente, para atingir um efectivo
desenvolvimento sustentável em Portugal.
O
conceito de construção sustentável, surgiu nos anos 70, como consequência e
resposta à crise petrolífera. Os combustíveis fósseis fizeram soar o alarme
para o facto da sua sustentabilidade e abundância ser muito do menor do que
aquela que na realidade se pensava que seria. Iniciava-se assim um processo que
impunha uma mudança de paradigma no uso da energia.
Aliar
a ideia de construção e de sustentabilidade, arranjando um ponto de
convergência e equilíbrio entre os dois vectores, terá que passar por uma
valorização da proteção do meio ambiente.
Uma
construção sustentável terá que ser arquitectada tendo em conta o seu meio
ambiente, a paisagem circundante, construída com recursos obtidos de uma forma
renovável e o mais localmente possível, sob a égide de um estudo de avaliação
ambiental estratégica (casa Oásis e Torre Verde). A utilização de materiais reciclados apresenta-se como uma boa hipótese de
obter material de construção a um custo muito baixo, material esse que acaba
muitas vezes desperdiçado em aterros.
Numa nova construção sustentável, não deverão ser utilizados produtos que
aquando o final de vida da habitação, não permita novamente a reutilização ou
reciclagem dos materiais para outros fins.
Eis algumas políticas e técnicas ambientais que podem ser aplicadas no
âmbito de uma construção sustentável:
O consumo energético deverá também ser reduzido, optando por aparelhos de
menor gasto.
O consumo de água pode ser reduzido se simples hábitos forem
alterados: Nas edificações podem ser construídas cisternas de captação de água da chuva que apesar de não servir para consumo humano
é utilizada para o uso em autoclismos e em instalações de rega.
A compostagem é uma forma de reciclagem natural ao alcance de todos
que evita o transporte de resíduos e visa o aproveitamento dos mesmos.
Em suma, a construção saudável implica as preocupações ambientais
relacionadas com o consumo dos recursos, as emissões de poluentes, a saúde e a biodiversidade,
o que constitui um novo paradigma, cujo objetivo principal é contribuir para a
qualidade de vida e o desenvolvimento económico.
O conceito de desenvolvimento sustentável deve abranger aspectos
ambientais, sociais e económicos. A procura de equilíbrio deve ser efectuada através
de eficiência, reduzindo a intensidade em materiais e energia e, valorizando a
dinâmica ambiental.
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