segunda-feira, 7 de maio de 2012

Emissões poluentes das indústrias portuguesas

Emissões poluentes das indústrias subiram em 2011

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As emissões de dióxido de carbono das instalações industriais obrigadas a autorização para emitir subiram no ano passado, mas mantiveram-se abaixo das licenças atribuídas, não chegando aos 80%, segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

O regime do Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE) abrangia 217 instalações, das quais 187 estavam obrigadas a submeter o relatório de emissões de gases com efeito de estufa à APA. Respondendo a questões da agência Lusa, a APA esclareceu ter recebido 186 relatórios até meados de Abril.

Em 2011, registaram-se 25 milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono daquelas unidades, correspondendo a 76% do total de 32,9 milhões atribuídas. No entanto, aquele valor representa um ligeiro aumento face às emissões de 2010, que foram de 24,2 milhões de toneladas.

Nos últimos anos tem sido comum a situação de emissões abaixo da atribuição em Portugal.

Em 2008, as emissões de dióxido de carbono representaram 98,5% das autorizações, no ano seguinte 91,9%, passando em 2010 para 74,8%.

A APA explicou que a subida de emissões face a 2010, de cerca de 0,8 milhões de toneladas, “deve-se, essencialmente, ao sector da produção de energia, mas também a um ligeiro aumento nos sectores dos metais ferrosos, vidro e cogeração”.

O acréscimo “é ligeiramente compensado” por uma diminuição das emissões dos sectores de produção de cimentos e cal, refinação, instalações de combustão, pasta de papel e cerâmica.

Pouco mais de metade (53%) das emissões verificam-se no sector da energia. No extremo oposto encontra-se a cerâmica, responsável por 1% do total.

As emissões de gases com efeito de estufa, relacionados com as alterações climáticas, encontram-se distribuídas por nove sectores de actividade. Entre 2008 e 2012, as licenças de emissão são atribuídas gratuitamente, mas a partir de Janeiro de 2013 as regras mudam e inicia-se um processo gradual de distribuição de licenças até serem todas totalmente pagas em 2027.

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