domingo, 13 de maio de 2012

Limpeza das praias

Com o sol a despontar, a temperatura a aumentar, começa a correria às praias portuguesas. Mas não só para apanhar sol...


Mais de 4.000 pessoas participaram hoje, em 18 praias portuguesas, na Maré Humana, uma iniciativa destinada a alertar para a necessidade de proteção da costa, disse à Lusa a Associação Bandeira Azul da Europa, que a promove.

Esta Maré Humana contou com o empenho de 20 municípios, de crianças e jovens das Eco-Escolas, escuteiros e surfistas, e entre as praias envolvidas estiveram: Cabedelo (Viana do Castelo), Matosinhos, Madalena Norte (Vila Nova de Gaia), Furadouro (Ovar), Relógio (Figueira da Foz), Nazaré e Medão – Supertubos (Peniche).

Também as praias da Foz do Lizandro (Mafra), Praia Grande (Sintra), Carcavelos (Cascais), S. João da Caparica (Almada), Figueirinha (Setúbal), Tróia-Mar (Grândola), Cordoama (Vila do Bispo), Meia Praia (Lagos), Pescadores (Albufeira), Quarteira e Formosa (Madeira-Funchal) aderiram à iniciativa.

Estava previsto que mais duas praias participassem no projeto – as praias açorianas de Porto Pim (Faial-Horta) e Prainha (Terceira-Angra do Heroísmo) -, mas devido ao mau-tempo na região, a Maré Humana foi adiada para o próximo sábado, dia 19 de maio.

Nas restantes 18, o dia começou hoje às 09:00, com “Há lixo na Praia”, uma atividade de recolha e deposição seletiva dos resíduos existentes na praia, para a qual foram fornecidas luvas e pinças às brigadas Eco-Escolas.

Seguiu-se, às 10:00, “Há vida para preservar”, um período reservado a construções na areia sobre a biodiversidade existente no litoral.

Às 11:00, foi a vez de uma gincana chamada “52 Alertas”, com diversos desafios destinados a chamar a atenção para as questões relacionadas com a poluição da água, e, ao meio-dia, na atividade “Atenção ao Sol”, foi recordado aos participantes que a utilização de chapéu e protetor solar é indispensável.

Depois, às 12:30, as brigadas Eco-Escolas fizeram uma ‘Flash Mob’, em que as Escolas em Movimento apresentaram uma coreografia ao som da música dos Clã “Tenho Asas nos Pés”, e, a terminar a Maré Humana, formaram-se cordões humanos na areia e no mar, com a ajuda dos surfistas.

Este foi o primeiro evento realizado em Portugal que contou com o apoio da Hands Across the Sand, uma instituição internacional que tem por missão reunir a população em torno da mesma causa: a necessidade de proteger a costa.

Criada em 1990, a Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE) é uma ONGA – Organização Não-Governamental de Ambiente sem fins lucrativos e que se dedica à educação para o desenvolvimento sustentável e à gestão e reconhecimento de boas práticas ambientais.

Em 2009, foi reconhecida como instituição de utilidade pública, cujo objetivo é estimular a educação ambiental através do desenvolvimento de programas em consonância com a FEE – Foundation for Environmental Education.

O Programa Bandeira Azul iniciou-se à escala europeia em 1987, com o propósito elevar o grau de consciencialização dos cidadãos em geral, e dos decisores em particular, para a necessidade de se proteger o ambiente marinho e costeiro.

O Programa Eco-Escolas é também uma iniciativa da FEE internacional, presente em mais de 55 países e coordenado em Portugal pela ABAE desde 1996. Destina-se a escolas de todos os graus de ensino e visa a implementação de uma metodologia inspirada na Agenda 21, que garanta a participação ativa da comunidade escolar e local no desenvolvimento de ações em benefício do ambiente
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Conforme nestes links (SIC;  DN) muito deste trabalho foi feito por jovens, a trabalhar a par com as escolas. Uma medida de educação ambiental fantástica! De facto, a falta de civismo ambiental é um crónico problema nas praias portuguesas, que ano após ano acumulam toneladas de lixo, muitas vezes materiais tóxicos e plásticos que não só poluem como constituem um risco para a fauna.

É importante ter esta consciência ambiental e cada um fazer a sua parte. A limpeza das praias é essencial para manter os nossos areais, dunas e oceanos, zonas altamente favorecidas do ponto de vista de flora e fauna, preservadas.


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