domingo, 13 de maio de 2012

Patentes “Verdes” disparam em Portugal

 “Portugal registou, em média, 21,6 patentes verdes por ano entre 2007 e 2011 nos diferentes institutos de registos de patentes, nacionais ou internacionais. 
 Desde o início da década passada, Portugal tem vindo a crescer neste domínio mas a grande explosão aconteceu nos últimos 5 anos.
 É um dado animador numa economia em recessão mas que tem conseguido aumentar a componente de inovação na produção. 
 Esta evolução das patentes, conjugada com outros indicadores, traduz-se numa maior produção de conhecimento da economia nacional e, a prazo, num aumento do crescimento potencial.
 A distinção de vários cientistas portugueses nos últimos tempos com prémios e bolsas é outro sinal de que a aposta na investigação e na inovação está a dar frutos, ainda que estes sejam sempre lentos a aparecer.
Uma outra tendência identificada foi a da internacionalização. Nos últimos dez anos, um terço das patentes publicadas foi o resultado de cooperação com investidores estrangeiros. Estiveram envolvidas nestes projectos diversas nacionalidades, entre elas, francesas, norte-americanas, israelitas ou singapurenses.
 A partir de 2000 passou haver também uma crescente participação das universidades e das empresas, cuja intervenção nesta área já tinha começado a aumentar a partir dos anos 80. Ambas conseguiram fatias de 20% de total de patentes registadas no período 2007-2011. Os restantes 60% foram responsabilidade de inventores individuais.” 

De acordo com a definição da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), o conceito de patentes “verdes” corresponde a tudo o que se relaciona com a gestão de resíduos (lixo), redução de poluição, energias renováveis, carros híbridos/eléctricos ou eficiência energética.
 A primeira patente portuguesa foi registada em 1908 em França, por José Henriques Seabra. Tratava-se de um dispositivo para a utilização da energia das marés.

 Esta notícia do suplemento de Economia do Jornal Expresso, do dia 18 de Fevereiro do corrente ano, demonstra como a pressão das descobertas científicas exercem sobre o comportamento dos materiais inertes ou das suas sinergias dos sistemas de vida, o tratamento dos resíduos e a sua reciclagem ou reutilização é tão forte e presente que forçam o aparecimento de novas técnicas, tornando obsoletas as antigas. Apesar do dispêndio de energias humanas e recursos económicos para proceder à substituição das técnicas antigas criar obstáculos à mudança, o crescimento do número de patentes evidencia uma maior preocupação com o desenvolvimento das técnicas existentes tornando-as mais aptas a uma utilização mais racional dos recursos existentes e a produzir efeitos menos nocivos para o ambiente.

 Novamente, configura-se uma preocupação do Homem com o meio ambiente através da ideia de desenvolvimento sustentado, numa perspectiva de solidariedade com as gerações futuras na assunção da responsabilidade da preservação dos recursos e de uma gestão racional dos mesmos, respeitando as estruturas naturais que o envolvem e que se revelem preocupantemente finitas.

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